Iniciando a sua jornada nos tatames do país em 2017, buscando se distrair e encontrar um ponto de equilíbrio mediante aos problemas pessoais que enfrentava na época, Évelin Leal de Oliveira, macaense, de 23 anos, saiu vitoriosa no último domingo, da 8ª Taça José Antônio Ferreira Machado de Kickboxing, competição de arte marcial, que aconteceu na cidade de Rio Bonito/RJ no último domingo (19).
Há quem se engane que essa jovem cheia de sonhos só é lutadora através de uma modalidade esportiva. Ainda no ventre de sua mãe Eusinete, junto de sua irmã gêmea, Ellen, já estava sendo preparada a enfrentar a vida como ela é. Sua mãe, que criou e ainda cria sozinha suas duas filhas, como muitas outras mães pelo Brasil, nunca deixou a peteca cair, dando muito mais que o bom colo de uma matriarca.
Perguntada sobre o que a luta significa em sua vida, Évelin afirma que “a luta é essencial para mim não só em minha saúde física, pois tudo melhorou depois que comecei no esporte, inclusive minha saúde emocional. Treinando, me esqueço do mundo, é uma válvula de escape, com obrigações e responsabilidades. Na luta aprendi a confiar mais em mim, a ser mais destemida e, principalmente, a luta me ensinou que para conquistar algo, é preciso batalhar bastante e com perseverança”.
Ela, que já participou de 4 campeonatos, os quais venceu nas primeiras lutas, mas não conseguiu manter as vitórias até o fim, não tem medo de apanhar, bater e não se deixa abater pelas derrotas anteriores, pois, acredita, que todas essas te fortaleceram para a recente vitória, que conseguiu te classificar para o “Campeonato brasileiro de Kickboxing”.
Treinada diariamente pelo Derlécio de Souza, que mantém uma relação com ela de pai e filha, Évelin revela “sem sombra de dúvidas, meu maior incentivador é o meu mestre, Souza, que acreditou e acredita em mim desde o início, muito mais do que eu mesma. Depois dele vem minha irmã, que me apoia e me incentiva em tudo que faço”.
Sobre dicas a quem está cheio de sonhos na estrada do esporte, “primeiro de tudo é não faltar aos treinos, independente do esporte e da desculpa dada. Se você faltar uma, duas vezes, o desânimo pode tomá-lo e no futuro você acabará abandonando. O meu conselho é pensar no que pode ser feito para conseguir conciliar o esporte à rotina”.
E, por fim, perguntada sobre o patamar que deseja alcançar, “tenho o sonho de me tornar campeã brasileira, inclusive, nesse último campeonato que participei, consegui me classificar para o brasileiro. Quero ainda fazer lutas cada vez mais profissionais e, quem sabe, participar de um WGP, um dos maiores eventos de Kickboxing da América Latina. Além desses sonhos, tenho o objetivo de chegar à faixa preta e, ajudar meu mestre a expandir a sua academia, criando assim, várias filiais da nossa equipe Team Striker”.
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