Aconteceu ontem, sexta-feira (14), manifestações contra os cortes de verbas na educação e contra a reforma da Previdência, em várias regiões do Brasil. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), organizadora da paralisação geral hoje, até 13h, mais de 40 milhões de pessoas estão participando das manifestações, divididas entre mais de 300 cidades pelo país.
Todo este movimento, que ocasionou na necessidade desse ato hoje, onde os trabalhadores de variadas categorias cruzam os seus braços e vão para as ruas protestarem, começou quando o governo Bolsonaro decidiu bloquear parte do orçamento destinado à educação e mudar toda estrutura acerca da aposentadoria.
No Rio de Janeiro, assim como em todo Brasil, trabalhadores estão nas ruas, reivindicando os seus direitos, desde às 6h da manhã, lotando as ruas da cidade, apesar das bombas e, até mesmo, dos atropelamentos, como aconteceu na Rua Marquês de Paraná, em Niterói, Região Metropolitana, onde um motorista, que estava em alta velocidade num Fox vermelho não respeitou o ato e atropelou cinco manifestantes.
Quanto ao trânsito, há circulação normal de veículos no Rio de janeiro, diferentemente de São Paulo, onde parte do metrô ficou parado por conta dos atos, afetando parcialmente os serviços de ônibus e metrô, assim como em Belo Horizonte, onde não houve nem a circulação e, em Brasília e Salvador, tendo a paralisação total de ônibus.
Em Macaé, cidade no interior do estado do Rio de Janeiro, a Greve Geral não está sendo diferente. Desde às 9h, estudantes, universitários, educadores, professores, petroleiros e sindicalistas lotam a Avenida Rui Barbosa discursando, mobilizando a população macaense e esclarecendo dúvidas acerca dessas mudanças impostas pelo governo.
Para o vereador Marcel Silvano, “a Greve Geral se faz necessária não só pela reivindicação dos direitos à educação e aposentadoria. Esta, aqui em Macaé, por exemplo, é pelo direito de estudar, trabalhar e se aposentar, além de
fortalecer a luta dos servidores municipais, contra o decreto 93, denunciar os 5 anos sem reajuste e por melhores condições de trabalho”.
O município desde o seu primeiro protesto, conta com a presença de universitários de variadas instituições e graduações, que são contra os cortes destinados às universidades federais e públicas estabelecidos pelo governo.
Para a professora de sociologia, Carolina Alfradique, “a greve é o meio de reivindicações dos direitos dos trabalhadores lesionados de algum modo. Essa, especificamente, é pra que não sejamos mais lesados a posteriori. Temos registros mais antigos de greves, como aquela de 100 anos atrás que durou 30 dias e, foi liderada por mulheres”.
“É importante lembrarmos que as greves são fruto de um modo de produção capitalista. A revolução industrial trouxe muito isso, por conta do modo de produção imposto e as condições de trabalho para este sistema”, finalizou.
Comments